UM CONTRA TODOS... BASTA!
O mesmo homem que há pouco mais de um ano negava a crise, anuncia agora o caos.
O mesmo político que há duas semanas afirmava que a execução orçamental estava no bom caminho, apresenta uma semana depois novas medidas de contenção para garantir o défice de 2011.
O mesmo primeiro-ministro que garantiu aos portugueses que os sacrifícios já pedidos chegavam, congela as pensões de sobrevivência.
O homem, o político, o primeiro-ministro são o mesmo. Chama-se José Sócrates.
Ele já mostrou que é capaz de dizer uma coisa hoje e outra amanhã, sem constrangimento de qualquer espécie.
Ele tem sempre razão, o mundo é que está errado.
Ele está sempre no local certo, os outros é que mudam.
Ele leva-nos para o abismo, mas está sempre salvo.
Ele é capaz de tudo, para sobreviver.
E é mesmo de sobrevivência, política, claro está, que se trata. Para o conseguir José Sócrates percorre um caminho solitário. É ele contra todos.
Até à semana passada era ele contra o FMI e o Fundo de Resgate.
Agora está também contra o Presidente da República, contra o Parlamento, contra a oposição, contra uma parte do seu próprio partido. Só ele interpreta o interesse nacional, a vontade dos portugueses, o desígnio da pátria.
Ele é um iluminado. Está acima dos poderes e das instituições. Trata os seus adversários com desprezo e os seus próprios correligionários com desdém. O poder é ele. Tudo o resto é instrumental. O Governo já não existe ha muito. Os ministros andam perdidos. A governação resume-se à desesperada estratégia de garantir o poder a José Sócrates.
Este primeiro-ministro que assim actua no seu país, é outro quando passa a fronteira. Presta contas a Merkel, mas recusa-se a falar com Cavaco. Negoceia medidas em Bruxelas, mas ignora o Parlamento do seu país. Faz solícito o que lhe mandam lá fora, mas enche o peito cá dentro. Em Portugal é um "animal feroz", no estrangeiro é um "animal dócil".
Por imposição externa, lançou o caos político interno. O país está refém de José Sócrates. É, pelo menos, o que ele pensa.
Sem o PEC IV, que ele negociou sem dar cavaco a ninguém, é o colapso, a tragédia, desgraças sem fim. Como se o país não estivesse já à beira da bancarrota e os portugueses não estivessem a viver em plena desgraça.
José Sócrates está sozinho contra todos. Mas a sua solidão, quase demencial, não pode transformar Portugal numa casa de loucos.
-----------------------VEJA SE DESCOBRE OUTROS CULPADOS---------------------------
1 Comentários:
faltam tantos...
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