terça-feira, 3 de abril de 2012

OPA SOBRE A BRISA. AFINAL COMO É?


OPA sobre a Brisa lançada por uma parceria em que se encontra o Grupo José de Mello.

Depois de (ontem) o actual Presidente da Câmara do Porto e ex-vice Presidente do PSD ter dito que achava "inadmissível" que a CGD financiasse um negócio destes. Não se trata de ser apenas inadmissível, trata-se de mais uma vez se pder estar a misturar interesses privados com interesses públicos.

Que eu saiba a Caixa Geral de Depósitos ainda é um banco público. Detido pelo Estado Português, e não pelo Governo Português. A CGD de de todos nós (teoricamente já sabemos).

Ora, um dos administradores da CGD, escolhido pelo actual governo, é António Nogueira Leite.

Depois da questão da excepção do salário, António Nogueira Leite disse que afinal "mais importante do que os salários é a CGD reganhar independência"

Isto de se sair da administração de um grupo privado, seguir para a administração de um banco público e em meia dúzia de meses esse mesmo grupo privado ter recorrido ao banco público para financiar uma OPA no valor de 700 e picos milhões de euros (2/3 deste valor a dividir por 3 bancos, entre os quais a CGD) é no mínimo estranho.

Não quero pôr em causa a idoneidade e as capacidades de gestão de António Nogueira Leite.
Mas, não deixa de ser curioso o facto de um banco público, administrado por uma pessoa que acabou de sair de uma empresa privada, responsável global pelo planeamento estratégico, que se diz com dificuldades de liquidez e necessita de mais 1000 milhões de euros inscritos no orçamento rectificativo de 2012 para cumprir rácios de liquidez, ir apoiar agora um investimento desta ordem de grandeza na actual conjuntura da economia Portuguesa.

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