terça-feira, 25 de setembro de 2012

MÁRIO CRESPO...O LAMBE -BOTAS




Mário Crespo tentou por duas vezes regressar ao seu antigo lugar de correspondente da RTP em Washington (Nuno Ferreira Santos)
Mário Crespo confirma ter endereçado uma carta a Guilherme Costa, era este ainda presidente do Conselho de Administração da RTP, a oferecer-se para o lugar de correspondente da estação pública de televisão nos EUA. Diz mais: foi a segunda vez que o fez. “Se tivesse havido um concurso público teria seguramente concorrido, mas, infelizmente, nunca foi aberto.”
O jornalista da SIC adianta ao PÚBLICO que o presidente da Impresa (dona da estação para a qual trabalha) tinha conhecimento desta iniciativa. “O dr. Balsemão, meu empregador, estava a par deste meu interesse por Washington e comuniquei-lhe que, se fosse seleccionado, aceitaria o lugar porque profissionalmente me interessa. Mas disse que só o faria depois de lho comunicar em primeira mão”, recorda Mário Crespo.
A carta enviada a Guilherme Costa, a 1 de Janeiro deste ano, foi divulgada nesta quarta-feira pelo Diário de Notícias. Mário Crespo confirma ao PÚBLICO a autoria do documento, mas sublinha que não lhe foi pedida autorização para a sua publicação. E acrescenta que não obteve resposta à carta. Nem desta nem da primeira vez em que se mostrou disponível para o lugar, “nos mesmos termos”, dirigindo-se então à administração de Almerindo Marques.
O documento é recuperado numa altura em que a Comissão de Trabalhadores (CT) da RTP ameaça avançar com queixas contra Mário Crespo, junto do Sindicato dos Jornalistas e da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista, por o pivô da SIC Notícias acabar o Jornal das 9 repetindo que “mais um dia passou e a RTP custou mais um milhão de euros”. A CT acusa o jornalista de estar a mentir e exige um pedido de desculpas.
Um dos seus elementos acusa mesmo o jornalista de ter “duas caras” e afirma, em declarações ao DN, sob anonimato: “Se ele estivesse em Washington não falava assim”. “Isso é um disparate que em nada altera o facto de a RTP ter consumido 1,7 milhões de euros diários em 2011 e 1,6 milhões em 2012 (que ainda vai a meio)”, contrapõe Crespo, recorrendo a números que diz constarem do relatório de contas da RTP, do Gabinete dos Meios de Comunicação Social.
“Surpreende-me que me tenham transformado agora no problema da RTP quando os gastos diários têm sido denunciados há já bastante tempo”, observa. E acrescenta, recuperando a queixa formal que, em 1994, apresentou na Procuradoria-Geral da República por alegadas irregularidades financeiras na estação pública (o processo foi arquivado): “O rigor na utilização dos dinheiros públicos sempre foi tema a que dei atenção, o que continuarei a fazer por ser meu dever jornalístico e cívico.”
“Há um pormenor que me parece esclarecedor das dificuldades de relacionamento que a RTP tem comigo. No livro de honra dos 50 anos da RTP, compilado por Vasco Hogan Teves, apesar de eu ter trabalhado durante 22 anos na RTP em posições jornalísticas de relevo, não há um único registo fotográfico meu, num livro que é essencialmente fotográfico. Julgava que essa dificuldade de relacionamento estava ultrapassada, mas obviamente não está”, conclui, numa resposta por escrito.

1 Comentários:

Às 26 de setembro de 2012 às 10:22 , Anonymous Anónimo disse...

O que regularmente tentam fazer ao Mário Crespo é uma infamia. Ele tem toda a razão nos custos da RTP e mais ninguém o diz. Força Mario

 

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