sábado, 20 de outubro de 2012

PENHORA ELETRÓNICA DOS DEPÓSITOS BANCÁRIOS.

PENHORA ELETRÓNICA DOS DEPÓSITOS BANCÁRIOS AVANÇA
COM REVISÃO DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

...A proposta de revisão do Código de Processo Civil (CPC) que a ministra da Justiça deverá enviar à Assembleia da República até meados de novembro contém "dois aspetos particularmente positivos" para a atividade dos agentes de execução: com ela vêem estabelecida a possibilidade de penhora de depósito bancário por meios eletrónicos e passam a poder participar na produção antecipada da prova.

Não falando já no seu próprio papel, o qual, na opinião do presidente da Câmara dos Solicitadores, "sai reforçado", pois são "obrigados a atuar com mais celeridade e eficiência".

Há, em Portugal, 1120 agentes de execução, dos quais 951 são solicitadores e 169 são advogados. Uma classe profissional que, se as alterações ao Código de Processo Civil tal como foram apresentadas pelo Ministério da Justiça forem aprovadas, verá a sua profissão "dignificada" ainda em 2012.

Entre as principais mudanças, que incluem o reforço do papel do juiz no processo executivo, destaca-se o facto de o agente de execução passar a dispor de três meses para iniciar diligências prévias à penhora, extinguindo-a se não forem encontrados bens penhoráveis. Paralelamente, reforça-se a força jurídica dos títulos executivos, que carecerão de autenticação, a execução da sentença deixa de justificar um processo executivo autónomo e a penhora de veículos pode ser antecedida da sua imobilização.

Além de que a penhora de depósitos bancários por meios eletrónicos passa a ser uma realidade, o que já "estava previsto na lei desde 2003, mas que, na prática, nunca funcionou", como confirmou à "Vida Económica" o presidente da Câmara dos Solicitadores.

Contactado após mais umas Jornadas de Estudo dos Agentes de Execução, que decorreram recentemente no Algarve, José Carlos Resende, explicou que esta nova possibilidade, a concretizar-se, permitirá "buscas muito mais facilitadas junto do Banco de Portugal por meio informático", com isso também "evitando que se avance logo para a penhora de bens móveis".

Questionado pela "Vida Económica" sobre a relação entre a Câmara dos Solicitadores e a Associação de Administradores Judiciais (APAJ), José Carlos Resende lembrou o novo presidente - José Ribeiro Gonçalves - e disse manterem "ótimas relações" com aquela instituição. Ao ponto de, revelou José Carlos Resende, estarem a "trabalhar na redação de num protocolo com sugestões de boas práticas", nomeadamente no que respeita aos honorários a cobrar nos casos em que as ações executivas dão origem a processos de insolvência.

http://www.vidaeconomica.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ve.stories%2F85682Ver mais

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