QUEM SE REFORMAR EM 2013 TERÁ CORTE DE 4,78% NA PENSÃO
Quem se reformar em 2013 terá corte de 4,78% na pensão
A redução resulta do aumento da esperança média de vida. Para compensar este corte, os trabalhadores terão de trabalhar mais alguns meses. Governo diz que não haverá retroactividade.
Os trabalhadores do privado e do público que se reformem no próximo ano terão um corte de 4,78% na sua pensão. A culpa é do factor de sustentabilidade, que faz depender o valor das novas pensões da evolução da esperança média de vida (EMV).
De acordo com os dados provisórios divulgados esta sexta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a EMV aos 65 anos em 2012 será de 18,84 anos. Na prática, quem tem 65 anos poderá viver até aos 83,84 anos, mas isso terá impactos negativos nas pensões.
Com este dado, torna-se possível calcular o factor de sustentabilidade que será aplicado às novas reformas, um mecanismo em vigor desde 2007 e que se aplicou pela primeira vez em 2008.
Nesse primeiro ano, a redução da pensão dos trabalhadores que se reformaram foi de 0,56%; quem se aposentou em 2009 já teve um corte de 1,32%; no ano seguinte a redução chegou a 1,65% e, em 2011, o corte foi de 3,14%. No corrente ano, o corte nas novas pensões já chega a 3,92%.
Nos dados agora divulgados, o INE faz uma revisão dos números de 2006 para cá, tendo por base os resultados dos Censos 2011. Esta revisão levou a que um dos denominadores usado para o cálculo do factor de sustentabilidade – a EMV aos 65 em 2006 – tenha passado de 17,89 para 17,94 anos.
Usando o valor antigo, o corte seria de 5,04% no próximo ano.
Governo garante que não haverá efeitos retroactivos
Entretanto, o Governo já veio dizer que esta revisão da evolução da esperança média de vida não terá efeitos retroactivos.
No comunicado divulgado na tarde desta sexta-feira pelo Ministério da Segurança Social, o Governo lembra que “o factor de sustentabilidade define a consequente evolução do número de meses em que os indivíduos terão de prolongar a sua actividade para compensar o impacto demográfico” e garante que “este factor só incide sobre as novas pensões, não tendo qualquer impacto nas pensões já atribuídas”.
O receio sobre a possível retroactividade surge porque o INE fez uma revisão da EMV tendo por base os resultados dos Censos 2011. Esta revisão levou a que um dos denominadores usados para o cálculo do factor de sustentabilidade – a EMV aos 65 em 2006 – tenha passado de 17,89 para 17,94 anos, alterando o factor de sustentabilidade aplicado às pensões concedidas de 2008 para cá.
Agora, o Governo garante que a actualização dos números não terá impactos nas pensões já concedidas.
A par do factor de sustentabilidade, aplicado a quem se reformar no próximo ano, os pensionistas terão ainda que contar com o corte de 90% do subsídio de férias e quem recebe pensões acima dos 1350 euros ficará sujeito a um corte no valor da sua pensão entre 3,5% e 10%, além da taxa de solidariedade aplicada á parcela das pensões acima de 5030 euros.
http://www.publico.pt/economia/noticia/quem-se-reformar-em-2012-tera-corte-de-478-na-pensao-1575616

![Sr. Relvas EXPLIQUE-SE
Nuno Santos
"Todo este caso se afigura um pretexto para justificar o meu afastamento"
O ex-diretor de informação da RTP Nuno Santos disse hoje que o processo envolvendo as imagens da manifestação em frente ao Parlamento, a 14 de novembro, foi "um pretexto para obter e, depois, justificar" a sua demissão.
Todo este caso se afigura um pretexto para obter e, depois, justificar o meu afastamento", aponta o jornalista em comunicado endereçado à agência Lusa.
Para Nuno Santos, o resultado do "auto-denominado" inquérito interno da RTP "estava à partida condicionado", pedindo o ex-diretor de informação acesso ao relatório final do mesmo e à prova "que terá sido produzida" contra si.
"Se fui ouvido [no inquérito], e por insistência minha, fiquei com a consciência plena de que o meu depoimento de nada poderia servir, como veio a verificar-se. Um desfecho incompreensível", aponta o responsável, para quem o "resumo do inquérito" a que teve acesso "contém graves falsidades e lamentáveis juízos de valor".
Um inquérito interno da RTP concluiu que Nuno Santos autorizou a PSP a ver as imagens dos incidentes de 14 de novembro em frente ao Parlamento, dia de geve gerral.
Segundo o relatório do inquérito, entregue na quarta-feira à Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), a 14 de novembro a PSP pediu junto da RTP (subdireção de produção de informação) a escolha e cedência das imagens dos incidentes do dia da greve, recolhidas pela RTP, bem como o seu visionamento nas respetivas instalações.
"Não autorizei em momento algum, e quero deixar isso bem claro, o visionamento de 'brutos' sobre os incidentes de 14 de novembro", reiterou hoje Nuno Santos à agência Lusa.
Um inquérito interno da RTP concluiu que Nuno Santos autorizou a PSP a ver as imagens dos incidentes de 14 de novembro em frente ao Parlamento, dia de geve gerral.
A "não saída" dos DVDs da RTP, cuja transcrição, diz Santos, fora feita sem o seu conhecimento, deveu-se à contribuição do então diretor de informação e do seu adjunto, Vítor Gonçalves.
Ausente em Londres, o diretor diz que pediu então um contacto pessoal com o diretor-geral da RTP, Luís Marinho, para se discutir o assunto, "tendo o mesmo sido concretizado no dia útil seguinte".
"Ainda meses antes tinha eu recusado ao Provedor do Espectador (...) acesso aos designados 'brutos' numa reportagem sensível sobre a utilização de crianças da Casa Pia em experiências científicas, tendo ficado bem claro o meu pensamento sobre o tema. Como se explicaria que, de repente, tivesse mudado tão radicalmente a minha posição de fundo sobre esta matéria?", interroga Nuno Santos.
O jornalista sublinha também a "absoluta necessidade" de ser aberto um inquérito a todo o episódio feito por uma "entidade imparcial, seja a ERC, o Sindicato dos Jornalistas ou a Comissão da Carteira Profissional do Jornalista, para o qual desde já volto a manifestar a minha total disponibilidade".
"Durante os últimos vinte meses foi possível trabalhar na informação da RTP com inteira liberdade e total independência perante todos os poderes e forças políticas, o que só pode ter causado incómodos", diz também Nuno Santos na nota endereçada à Lusa.
Santos diz ainda que não compreende "que se manche a reputação de profissionais, e por arrastamento se coloque potencialmente em perigo a integridade física de repórteres da RTP" que cubram futuras manifestações, só com o pretexto de o retirar do cargo de diretor de informação.
O presidente do conselho de administração da RTP, Alberto da Ponte, disse na quarta-feira que o inquérito sobre o caso das imagens visionadas pela PSP na empresa é interno e que as pessoas responderam "sob sigilo".
"Não divulguei o inquérito [apenas as conclusões ao presidente da ERC]. É um inquérito interno e as pessoas que responderam" fizeram-no "sob sigilo", disse o gestor.
Alberto da Ponte adiantou que caso a ERC avance com um inquérito, o que o presidente do regulador, Carlos Magno confirmou que sim, "nessa altura a RTP facultará todas as informações que forem solicitadas como é sua obrigação legal e como é sua obrigação ética".
O presidente da RTP disse já também que o jornalista Paulo Ferreira, atual editor de economia da RTP, é o nome escolhido para assumir agora o cargo de diretor de informação da estação pública.
http://noticias.sapo.pt/nacional/artigo/todo-este-caso-se-afigura-um-pre_5344.html](https://fbcdn-sphotos-f-a.akamaihd.net/hphotos-ak-prn1/s480x480/16152_487145847975533_432105057_n.jpg)

