PASSOS COELHO OUVE "GRÂNDOLA, VILA MORENA" E INSULTOS

Cerca de 30 manifestantes cantaram hoje "Grândola, Vila Morena" ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, à saída de uma conferência, em Lisboa.
Os manifestantes, com uma faixa em que se lia "fora, Passos" e "fora, Portas" esperaram Passos Coelho na entrada principal de um evento promovido pela rádio TSF, no Pátio da Galé, mas o chefe de Governo entrou por uma entrada lateral.
À saída, e já ligeiramente em maior número, os manifestantes estavam na porta lateral e cantaram alguns versos do tema de José Afonso, que foi uma das senhas do 25 de Abril, "Grândola, Vila Morena".
À passagem da viatura de Passos Coelho, os manifestantes gritaram depois "gatuno, gatuno, gatuno".
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![“O MINISTRO DAS FINANÇAS QUE, NOS SEUS SEIS PRIMEIROS TRIMESTRES DE GOVERNO, NÃO ACERTOU UMA ÚNICA PREVISÃO”
• Miguel Sousa Tavares, DERIVA [hoje no Expresso]:
‘Como se se tratasse de uma coisa banal, Vítor Gaspar foi ao Parlamento confessar que, após menos de dois meses de execução, o seu orçamento para 2013 já está, mais uma vez, desactualizado e ultrapassado pelos factos. Nada que toda a gente não esperasse e não tivesse previsto, menos ele e os cheerleaders da sua estratégica económica. Há mais de ano e meio em funções, Vítor Gaspar já conquistou um lugar na história: ficará como o ministro das Finanças que, nos seus seis primeiros trimestres de Governo, não acertou uma única previsão — nem quanto ao défice, nem quanto ao PIB, nem quanto ao desemprego, nem quanto às exportações, nem quanto à receita fiscal. Ele dirá, defendendo-se, que foi a conjuntura internacional que o lixou — mas até isso era previsível e ele não o previu. Tentará também dizer que ninguém esperava isto, mas é falso: foram inúmeros os que disseram antecipadamente que as suas políticas só poderiam ter estes resultados. E não era preciso ser economista, nem mestre, nem doutor em economia para o antecipar: bastava ter bom senso e prudência, não sujeitando a vida das pessoas ao resultado de experimentalismos académicos e tecnocráticos. (…)
Para a história ficará também a desastrada estratégia de um governo que, tendo sido eleito com a tarefa de reformar o Estado e torná-lo sustentável, tratou antes de destruir a economia, liquidar 250.000 postos de trabalho e arrasar com impostos todo o tecido empresarial de pequena e média dimensão. E é agora, sobre os escombros deste desastre, que pretende fazer o que devia ter feito antes, quando tinha condições políticas e económicas para tal. Não sei se uma geração chegará para reparar os danos causados e voltar a dar a este país uma réstia de esperança.’](https://fbcdn-sphotos-e-a.akamaihd.net/hphotos-ak-snc6/s480x480/285654_568519433158658_2082572164_n.jpg)
Pedro Sousa Carvalho ( DiárioEconómico )
