quinta-feira, 1 de agosto de 2013

PALHAÇOS E FILHOS DA P...



Palhaços e filhos da p...

 
RAMADA CURTO
 

Umas das histórias judiciais que ficaram célebres, na primeira metade do século XX,

teve a ver com a defesa de um arguido acusado de chamar "filho da puta" ao ofendido,

expressão que, na altura era considerada altamente ofensiva.

 
Nas sua alegações, o escritor e advogado Ramada Curto,

começou por chamar a atenção do juiz para o facto de,

muitas vezes se utilizar essa expressão em termos

elogiosos ("Ganda filho da puta, és o melhor de todos !")

ou carinhosos ("Dá ca um abraço, meu grande filho da puta !")

tendo concluido as suas alegações da seguinte forma :

 
"E até aposto que, neste momento, V. Exa. está apensar o seguinte :

'Olhem lá do que este filho da puta não se havia de ter lembrado

só para safar o seu cliente !' . . .".

 
Chegada a hora da sentença, o juiz vira-se para o réu e diz :
 

"O senhor está absolvido, mas bem pode agradecer ao filho da puta

do seu advogado".

 
Carta de Santana-Maia Leonardo publicada no "Público"

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