quarta-feira, 19 de março de 2014

MALÁSIA - PILOTO DEFENDE QUE AVIÃO NÃO FOI DESVIADO



                   
                            
 
A maior parte das teorias sobre o desaparecimento do Boeing 777 da Malaysia Airlines têm como base a mesma ideia: A rota do voo MH370 foi deliberadamente invertida e os passageiros e a tripulação foram vítimas de highjacking.
No entanto, o piloto canadiano Chris Goodfellow, com mais de 20 anos de experiência, afirma que a rota do avião foi de facto invertida, mas que esta alteração no percurso teve em vista o salvamento das pessoas que realizavam aquela viagem.

Para Goodfellow, a hipótese mais plausível é que terá havido um incêndio a bordo, provavelmente de origem eléctrica, o que explicaria a perda das comunicações. Perante tal situação, os pilotos terão seguido a máxima destes profissionais: “Pilotar, navegar e, por fim, comunicar”, explica o canadiano.

Goodfellow sugere que um dos pneus do trem de aterragem do poderá ter-se incendiado, o que levou a que a aeronave ficasse cheia de fumo, levando a que os passageiros morressem asfixiados.
“O que eu acho que aconteceu foi que [as pessoas] não conseguiram aguentar o fumo que estava dentro do avião e a aeronave continuou a planar, provavelmente em piloto-automático, até ficar sem combustível ou o fogo ter destruído os controlos do avião e este se ter despenhado”, escreve Goodfellow.

Quanto à inversão da rota, o piloto canadiano acredita que Zaharie Ahmad Shah, “um piloto muito experiente com 18 mil horas de voo”, mudou um percurso do avião para tentar aterra no aeroporto mais próximo, o de Palau Langkawi.
“Ele levou o avião para Palau Langkawi, uma pista com [cerca de] quatro quilómetros na qual se pode aterrar de noite sem ter que se evitar obstáculos. Ele não virou para Kuala Lumpur porque ele sabia que ainda tinha que atravessar [mais de] 2400 metros de serrania. Ele sabia que o terreno era melhor na direcção de Langkawi e que a distância era menor”, explica Goodfellow.
Recorde-se que o voo MH370 descolou de Kuala Lumpur a 8 de Março às 00h41 (16h41 de sexta-feira em Lisboa) e tinha aterragem prevista em Pequim às 06h30 (22h30 de sexta-feira em Lisboa). O Boeing 777 levava combustível suficiente para 7,5 horas de voo e transportava 227 passageiros e uma tripulação de 12 pessoas.
SOL

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