O GOVERNO APROVOU HOJE A SOLUÇÃO DURADORA PARA AS PENSÕES A APLICAR A PARTIR DE 2015
O Conselho de Ministros aprovou hoje a solução duradoura para as pensões a aplicar a partir de 2015. O objectivo é acelerar o processo legislativo a tempo do Orçamento do Estado.
O Governo aprovou hoje um conjunto de medidas que designa como a "solução duradoura" para as pensões. A saber: a Contribuição de Sustentabilidade, o aumento do IVA e o agravamento da TSU. O objectivo é acelerar o processo legislativo e ter certeza de que pode aplicar esta medida no próximo ano a tempo da elaboração do Orçamento do Estado. Esta é parte da estratégia de resposta ao chumbo do Constitucional com o Governo a anunciar ainda que nos próximos dias vai aprovar a tabela salarial única da função pública - que vai tornar definitivos os cortes no Estado.
A Contribuição de Sustentabilidade (que substitui a Contribuição Extraordinária de Solidariedade) aplica-se às pensões acima de 1.000 euros, com taxas a variar entre 2% e 3,5%. No DEO, onde o Executivo apresentou as medidas que quer aplicar em 2015, o Governo previa que esta medida gerasse uma receita de 372 milhões de euros.
O IVA passa de 23% para 23,25%, gerando uma receita adicional de 150 milhões de euros no próximo ano. A TSU sobe dos actuais 11% para 11,2%, valendo 100 milhões de euros. Esta é a "solução duradoura" para o sistema de pensões.
Com a aceleração do processo legislativo - o Executivo nem esperou a decisão do Tribunal Constitucional sobre a nova CES que está prevista no Rectificativo -, o Governo pretende uma clarificação dos juízes do Constitucional.
"A razão de apresentação neste momento é a de criar condições para que com a maior brevidade possível haja uma clarificação sobre a constitucionalidade", justificou a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, aos jornalistas, no final da reunião do Conselho de Ministros.
O envio dos diplomas para fiscalização preventiva é uma hipótese com que o Governo trabalha. Nos casos de fiscalização preventiva solicitada pelo Presidente da República, os juízes do Constitucional têm 25 dias para decidir, enquanto na fiscalização sucessiva não há um prazo global.
O Governo deixa para uma segunda fase a resolução das consequências orçamentais para as contas de 2014.
O ministro da Segurança Social, Pedro Mota Soares, adiantou que com a Contribuição de Sustentabilidade "todos os pensionistas vão recuperar rendimento" face à Contribuição Extraordinária de Solidariedade actualmente em vigor.
Com esta nova proposta, 95% dos pensionistas da Segurança Social e 87% dos pensionistas da CGA ficam fora dos cortes, adiantou Mota Soares.
(Económico)
(Económico)
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial