quinta-feira, 21 de agosto de 2014

EUA - POLÍCIA DE SAINT LOUIS ABATE À QUEIMA- ROUPA INDIVÍDUO QUE TINHA EM SEU PODER UMA ARMA BRANCA

                                                                                                         
                                     Polícias no local onde o jovem foi morto pelos agentes, depois de alegadamente os ameaçar com uma faca

O incidente foi filmado e foi a própria polícia que divulgou o vídeo.

A versão das autoridades é esta: Kajieme Powell, de 25 anos, teria roubado donuts e bebidas energéticas numa loja. Alertada pelo proprietário do estabelecimento, a polícia acorre ao local. O suspeito é abordado numa rua das redondezas. Os dois agentes pedem que se imobilize e que largue uma faca que tem na mão.
Powell, que sofreria de perturbações mentais, não obedeceu às autoridades e avançou para os dois agentes. “Disparem contra mim. Matem-me”, terá desafiado.
Segundo a polícia, o suspeito terá então erguido a arma branca – o vídeo desmente este relato, já que é visível que Powell mantem as mãos ao nível da cintura – e é neste momento que são disparados nove tiros. O indivíduo cai, mexe-se durante alguns momentos, e acaba por morrer.
“Os agentes fizeram o que eu ou qualquer pessoa pensamos que é necessário fazer para proteger a vida naquela situação”, justifica o chefe da polícia de Saint Louis, Sam Dotson, em declarações à CNN.
Muitos norte-americanos questionam se seria necessário o recurso a uma arma de fogo, quando poderia ter sido usado um taser (‘pistola’ que electrocuta o alvo). Dotson responde que um taser “não é 100%” fiável.
Powell poderia ter sido atingido nas pernas? E não bastaria um ou dois disparos para imobilizar o suspeito, em vez de nove? Nas ruas e nas redes sociais fala-se num novo caso de excesso de força. Nos meios legais, defende-se que a melhor conduta teria sido disparar para ferir, e não para matar, mas que os dois agentes podiam legalmente abater o indivíduo, uma vez que este tinha uma arma branca potencialmente letal.
Este novo incidente vem aumentar a tensão em Ferguson e em toda a área metropolitana de Saint Louis, duas semanas após a morte de Michael Brown, de 18 anos, em circunstâncias quase semelhantes – a diferença é que Brown estava desarmado.
O facto de as duas vítimas serem negras e de os atiradores serem brancos adensa também as críticas de quem acusa a polícia de Saint Louis de racismo.
No entanto, a última noite foi calma em Ferguson, depois da visita do procurador-geral norte-americano Eric Holder, que veio inteirar-se das investigações aos dois casos.
“Este procurador-geral e todo o Departamento de Justiça estão solidários com o povo de Ferguson”, declarou Holder
  ATENÇÃO: Este vídeo pode chocar as pessoas mais sensíveis, mas revela os métodos de actuação da polícia norte-americana, ajudando a perceber melhor o que está em causa no Missouri

             


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