NAS SUAS DECLARAÇÕES O MINISTRO ALERTA PARA AS CONSEQUÊNCIAS POLÍTICAS DA GREVE, NA SITUAÇÃO PARTICULAR EM QUE O PAÍS VIVE, E CHAMA A
ATENÇÃO PARA O CARÁCTER EXTRA-SINDICAL DA GREVE. O SECRETARIADO ELEITO PELOS TRABALHADORES
NÃO TEM DÚVIDAS EM CONFIRMAR ESSA CARACTERIZAÇÃO.
A INTERVENÇÃO DAS AUTORIDADES DURA TODO O DIA 26, SEM CONSEGUIR CONVENCER OS GREVISTAS A DEPOR A SUA ATITUDE. O SECRETARIADO
DA GREVE PUBLICA UM COMUNICADO EM QUE DEFENDE A OPÇÃO FEITA PELO PLENÁRIO DA
EMPRESAS GREVISTAS EM FUTUROS COMUNICADOS
NA MADRUGADA DO DIA 27 TROPAS DO COPCON COMANDADAS PELO MAJOR JAIME NEVES
OCUPAM POSIÇÕES NO AEROPORTO LISBOETA. SEGUNDO UM COMUNICADO DISTRIBUÍDO ENTRE OS
TRABALHADORES, UMA FORÇA…DE CHOQUE COMPLETAMENTE ARMADA EM MOLDES DE ENTRAR EM COMBATE IMEDIATO,
ERA COMPOSTA POR UMA COMPANHIA COMPLETA DE COMANDOS, UMA COMPANHIA
COMPLETA DE PÁRA-QUEDISTAS, EQUIPADOS DE CAMUFLADO, 4 CARTUCHEIRAS CADA HOMEM,
FACA DE MATO, E ARMADOS DE METRALHADORAS G-3 E G-3 CALIBRE 7.62 DE CORONHA
RETRÁCTIL. CARROS DE COMBATE CHAIMITES EM NÚMERO DE 5 COM OS NINHOS DE
METRALHADORAS VIRADOS PARA OS TRABALHADORES E EQUIPADOS COM AS RESPECTIVAS
TRIPULAÇÕES, PRONTAS A INTERVIR. COMO NÃO PODIA DEIXAR DE SER LÁ ESTAVAM OS
SIMPÁTICOS “PASTORES ALEMÃES”.
OS TRABALHADORES MANTÊM-SE EM ASSEMBLEIA PERMANENTE. NO DIA 28 É ANUNCIADO O
ENQUADRAMENTO MILITAR DO PESSOAL DA TAP, FICANDO ESTE SUJEITO AO REGULAMENTO DE
DISCIPLINA MILITAR. O ANÚNCIO É FEITO AOS GREVISTAS PELO MINISTRO DE TRABALHO E O
COMANDANTE DO COPCON, OTELO SARAIVA DE CARVALHO. OS EFEITOS DESSA MEDIDA FAZEM-SE
SENTIR IMEDIATAMENTE. TODOS OS SECTORES DA EMPRESA, COM EXCEPÇÃO DOS TRABALHADORES DA
DME, TOMAM POSIÇÃO PÚBLICA CONTRA A GREVE, ABANDONANDO-A.
A CÉLULA DO PCP NA TAP
EMITE UM COMUNICADO EM QUE DENUNCIA A ACTIVIDADE DE ESQUERDISTAS E AVENTUREIROS QUE
ESTÃO OBJECTIVAMENTE A FAZER O JOGO DAS FORÇAS MAIS REACCIONÁRIAS
. O PARTIDOCOMUNISTA APELA AO FIM DA GREVE, AO REPÚDIO DE “NOVAS AVENTURAS E TENTATIVAS DE
PROVOCAÇÃO”, E À “RÁPIDA NORMALIZAÇÃO DA SITUAÇÃO NA TAP”.
A EFECTIVIDADE DA REPRESSÃO DURA APENAS DUAS SEMANAS",
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A 17 de Setembro uma assembleia de trabalhadores decide uma paralisação total a
partir das 0 horas de 24 se não for dada resposta ao caderno reivindicativo e retiradas as
forças militares do aeroporto.
Como resposta à ameaça de greve é reforçado o destacamento que guarda o aeroporto.
Com o início da paralisação a repressão amplia-se:
sete trabalhadores são chamados a depor para averiguações pelas autoridades militares e, no dia 25, ao abrigo
do RDM são despedidos 200 trabalhadores, todos do Hangar 6 da DME. Nas ruas de Lisboa têm lugar duas manifestações sucessivas de repúdio a essas medidas
. Umcomunicado dos trabalhadores da DME rejeita as primeiras medidas de repressão
lembrando que:
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