BANQUEIROS... OS DONOS DE PORTUGAL
Durante mais de trinta anos, defendeu-se a liberalização do mercado de arrendamento para, através do aumento da oferta, se reduzir substancialmente o valor das rendas e ,consequentemente, o endividamento das famílias.
Mas, como aos Bancos lhes interessava financiar a compra de casa própria, os governos foram-lhes fazendo a vontade ( como sempre ), fazendo com que o mercado de arrendamento não fosse competitivo com o cínico argumento de que se queria proteger os pobres arrendatários contra os capitalistas dos senhorios.
O que terá, então, mudado para que, finalmente, a liberalização do mercado de arrendamento apareça como uma prioridade na agenda dos dois maiores partidos portugueses?
Isto não tem nada a ver nem com a constatação de uma evidência nem com o reconhecimento de um erro. A razão é a mesma de sempre:
Porque neste momento, os Bancos estão cheios de casas que não conseguem, nem podem vender, sob pena de os activos que as casas representam se desvalorizarem abruptalmente, pondo em risco o sector.
Os Bancos precisam, pois de arrendar as casas até chegarem melhores dias.
Chego à conclusão que os grandes negociadores - com a Troika- foram os Bancos porque conseguiram uma fatia de 12 mil milhões de euros do empréstimo e , ao mesmo tempo , penalizaram a classe média com as novas reavaliações dos imóveis e , também, o IMI ( Imposto Municipal Imóveis ) que será agravado apesar dos contribuintes já pagarem a taxa máxima.
Estas medidas serão bastantes agradáveis para as Câmaras Municipais, que irão poder desbaratar mais uns milhões de euros- todos os anos - à custa de quem tem casa própria.
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