quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

GUERRA (NO SPORTING): QUE PALAVRA TÃO HEDIONDA

Guerra: Que palavra tão hedionda!

Tendo eu sido educado desportivamente sob o estigma de que o Desporto era uma escola de virtudes e que acima de tudo ter o hobby de gostar de um clube como o Sporting era uma forma diferente de estar no mesmo, eis que infelizmente vejo tudo isto distorcido na actualidade e a palavra guerra aplica-se na plenitude ao estado de coisas actuais do 'nosso' Sporting.

Tal como na vida, cuja etapa eu costumo definir como um elevador, onde uma vezes estamos em cima e outras nem tanto, a verdade é que no Sporting os bons não estão todos de um lado e os maus do outro. Muito pelo contrário, ninguém faz tudo mal, nem ninguém faz tudo bem.

Esta entrada apenas serve para dizer que sinto-me triste com a realidade actual. A guerra entre a 'oposição' e o actual Conselho Directivo atingiu níveis impensáveis. Ou melhor, talvez não. A vitória no 'photo finish' de Godinho Lopes nas eleições de Março de 2011, em acto em que em surdina vão passando mesmo mensagens que poderão ter existido graves irregularidades, fragmentou irreversivelmente o nosso Clube.

De então para cá ao que temos assistido é a um suceder de problemas e de uma gestão que considero aberrante. Primeiro Luis Duque quis um cheque e uma vassoura. Com esse cheque gastou desmesuradamente e com a mesma vassoura trouxe imenso 'lixo' com ela. Depois surgiu o caso PPC que manchou indelevelmente o Sporting. Aguardemos pelo desenrolar do caso. A paz andou sempre arredia e o que se temia aconteceu: a fractura total entre uma Mesa da AG eleita por uma lista e com um Presidente que nunca percebeu bem o lugar que ocupava, e uma Direcção sem rumo acertivo.

Mas como nem tudo foi feito mal, quero também aqui elogiar algumas coisas: A alteração de uns estatutos obsoletos, que não permitiam por exemplo que os sócios correspondentes votassem; a aposta em mais modalidades; a criação do pólo de Odivelas, que embora o tema pavilhão já com 'nome' atribuído continue supostamente nas calendas, pôs as modalidades concentradas no mesmo espaço. Enfim, nem tudo tudo foi mau. Não alinho na teoria do caos. Defendo menos a falta de democracia.

É chegado a esta democraticidade que quero encerrar este texto. Um grupo numeroso de sócios assinou um petição para a realização de uma AG cujo ponto único passa pela destituição dos órgãos sociais por gestão que consideram danosa. A isto contrapõe o CD com o pedido de uma providência cautelar, dizendo que este pedido viola claramente o que está estatutariamente definido. Percebo pouco de leis e falo com o coração.

Não será mesmo melhor ouvir os associados? Não será mesmo olhar pensar que olhos nos olhos e entre pessoas evoluídas o Sporting será debatido? Enfim, quero acreditar que esta AG se vai realizar e que sobretudo dali saia o que nós quisermos. Se for a continuidade dos actuais órgãos sociais contem comigo. Sempre pelo Sporting. Se for a mudança e a entrada de novas pessoas - deixo claro que não faço parte de nenhuma facção - contem comigo. Sempre pelo Sporting.

Enfim, estou triste com o estado de coisas. Não apaguem 106 anos de uma História brilhante. A nossa 'guerra' ao longo destes anos todos foi sempre nos recintos de jogo. Aí ganhámos milhares de títulos no conjunto de muitas modalidades. Quero que esta 'guerra' continue. Abomino a actual!


(www.osangueleonino.blogspot.com)


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