quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

O SUICÍDIO COLECTIVO EM PORTUGAL, E NÃO SÓ



RiseUP Portugal
Artigo de opinião :

O SUICÍDIO COLECTIVO EM PORTUGAL, E NÃO SÓ

.. Os banqueiros tomaram o controle total das vidas dos cidadãos, das empresas e das nações.

É uma nova forma de controle. Nos dois séculos passados, as sociedades (principalmente as populações) eram controladas através a disciplina. O controle da população, (mente, inteligência, ideias, pensamento, sentido critico, etc) era uma realidade mas unicamente em espaços fechados como as fabricas, as escolas, as prisões, etc.

Após os anos 70 com o fim da correspondência exacta, em 1971, entre a quantia monetária real e o ouro existente, e o poder dado aos banqueiros de fabricar dinheiro a partir de nada, esse controle começou pouco a pouco a ficar assente no crédito e na divida e a ser um controle aberto, total e permanente.

O fenómeno foi consideravelmente ampliado com a cumplicidade dos media, ferramentas utilizadas para “embrutecer” as populações, manipular e espalhar a propaganda, e atingiu o ponto máximo no nosso continente, com a invenção da CEE (que depois veio a virar à actual ditadura chamada UE).

Com o poder absoluto e infinito da criação monetária atribuído aos banqueiros pelos políticos, com os media adquiridos, controlados e às suas ordens, e com as armas de destruição que são a UE e a BCE, o poder da finança passou a controlar totalmente as nações e as populações… mesmo enquanto estas dormem.

Cada dia, cada mês, cada ano, cada segundo que passa, todo o cidadão que pretenda poder simplesmente “viver correctamente”, é obrigado, directa ou indirectamente, a pagar aos banqueiros juros de uma divida (que seja particular, de empresa ou de Estado).

Cada cidadão passou a ser obrigado a regular totalmente a sua vida em função desta obrigação, e é submetido à disciplina permanente do reembolso de juros. Nada conta tanto na sua vida, que o pagamento dos juros, porque é o aspecto que condiciona a sua existência, do seu tempo disponível até ao seu trabalho, dos impostos até à escolha da sua casa, passando por o seu poder de compra, ou o acesso e a qualidade dos serviços públicos aos quais pode pretender. Todas as suas “escolhas” são condicionadas, e tornam-se de facto escolhas impostas pela possibilidade (ou não) do pagamento de juros.

Mas este controle não é só feito nos cidadãos. Também é imposto pelos banqueiros aos Estados. A divida é um conceito eterno, criado para nunca acabar nem ser paga, porque é o que permite aos banqueiros receber uma renda permanente, obtida através empréstimo de dinheiro que criaram artificialmente.

É porém esta “divida” e os juros correspondentes, que regulam tudo nas nossas vidas e as economias. São eles que impõe um crescimento obrigatório da economia (a produção, a fabricação, as compras e as vendas têm de aumentar, para que a massa monetária aumente, unicamente para haver uma quantidade nova de dinheiro suficiente para se pagarem os juros. Sem crescimento a massa monetária existente não é suficiente para pagar os juros). Os cidadãos trabalham em grande parte e fazem crescer a economia unicamente para que a quantidade de moeda real cresça afim que esses juros possam ser pagos. É a única utilidade do crescimento económico que nos é mostrado e imposto como uma necessidade essencial.

Hoje esse casal infernal da “divida + juros” dirige tudo, o nível dos salários, os impostos, a redução dos serviços sociais, a destruição dos serviços públicos, a venda do património nacional, o empobrecimento e o bem estar da população, etc.

Esse facto impede as iniciativas, trava o desenvolvimento real (e útil) da economia, limita a quantidade monetária real em circulação, o que se torna um desastre e um enorme não senso. Crescer economicamente torna-se uma necessidade imperativa, não para qualquer beneficio das nações ou das populações, mas unicamente para que riqueza acrescida seja criada afim de poderem ser pagos os juros.

Este conceito é totalmente absurdo porque :

- Tem limites. O planeta não tem recursos suficientes para suportar um crescimento perpétuo. E sem crescimento permanente e eterno, este conceito colapsa.

- A vida dos cidadãos não tem sentido, e os mesmos estão reduzidos à escravidão. A vida da nação também não. Todos passam a pensar no pagamento dos juros e não no desenvolvimento do País e na sua harmonia.

- O desenvolvimento real benéfico às nações, às empresa e às populações é completamente eclipsado pela obrigação do pagamento de juros eternos

- A história mostra que nunca tais conceitos conseguiram sobreviver, quando não é a maioria que tira beneficio ou bem estar. (o que é o caso, visto que só uma parte muito reduzida da população – essencialmente banqueiros -, é que actualmente tira beneficio deste sistema). Conceitos baseados neste principio sempre rebentaram em caos total, em revolução ou em guerra.

(Aliás foi o que também sempre aconteceu durante a história, quando se tentaram criar uniões de nações ou de moedas. Todas essas tentativas levaram os cidadãos à pobreza, e terminaram em colapso e em sangue. Não existe nenhuma excepção em toda a História conhecida da humanidade.)

Este conceito devastador da economia real e do próprio sentido da vida, da sociedade, da nação e dos cidadãos neutralisa tudo. O tempo, a energia, os recursos naturais, e impede qualquer desenvolvimento efectivo da sociedade.

Em paralelo, este sistema totalmente dominado pelos banqueiros, destrói a própria noção da politica, porque tanto os partidos como os políticos, são reduzidos a simples servidores do poder financeiro, e não têm qualquer margem de manobra. (caso ampliado no nosso continente Europeu com a total submissão das nações à UE e ao BCE, assim como aos textos da UE – tratado de Lisboa imposto à força às populações - que desde Janeiro de 2009 superam as leis nacionais e são impostas nas politicas nacionais por simples tecnocratas medíocres , sem nenhuma legitimidade popular, colocados em Bruxelas para obedecer aos lobies, assim como ao poder da finança que dirige toda a orquestra.

Assistimos à destruição total da própria democracia, que aliás os cidadãos sentem, mas sem compreender realmente as causas. Viram-se para os políticos, mas sem perceber que estes tornaram-se simples bonecos reduzidos a obedecer e a dar a cara nesta gigantesca, lamentável e medíocre farsa.

Este conceito, além de ser destruidor, permite ao verdadeiro poder – os banqueiros – impor formas regressivas de organização social, diminuindo os benefícios das populações adquiridos através os séculos; isto com uma repressão paralela constante e acrescida, que mantém os cidadãos em posição de seres completamente dominados e submetidos, moralmente, fisicamente e psicologicamente.

Puro banditismo : Este sistema surrealista que leva a sociedade inteira à auto-destruição, não tem por base a politica. Aliás todos os partidos de esquerda ou da direita que o aceitam, (e que no nosso continente aceitam que as populações e as nações sejam dominadas pela UE), aplicam exactamente a mesma receita e as mesmas regras. Não se trata de ideologia, mas de puro e simples banditismo organizado.

As populações estão a ser dominadas por um conceito baseado numa loucura total que os leva ao caos, ao colapso e ao suicídio colectivo

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