O BECO ( QUASE ) SEM SAÍDA DA PROPOSTA DE CAVACO
A declaração de Cavaco Silva ao país dividiu-se em duas partes. A primeira para excluir o cenário de eleições antecipadas antes do final do programa do memorando da troika, em Junho de 2014. E a segunda para avançar com a proposta de um «compromisso de salvação nacional», a ser subscrito por PSD, PS e CDS.Excluído cenário de eleições antecipadas
O Presidente explicou detalhadamente as «razões de ordem económica e financeira» e também «os motivos de natureza política que desaconselham a realização de eleições antecipadas». Isso, salientou, significaria «um retrocesso naquilo que já foi conseguido e tornaria necessário um novo programa de assistência financeira. Os sacrifícios dos portugueses, em parte, teriam sido em vão».
Por um lado, assinalou Cavaco, o Orçamento do Estado para 2014 só entraria «em vigor, na melhor das hipóteses, em Março do próximo ano». E, por outro, a realização de eleições «poderia comprometer a conclusão positiva das 8.ª e 9.ª avaliações» da troika e conduzir «à suspensão da transferência para Portugal das parcelas dos empréstimos que nos foram concedidos». Além de que uma das regras do FMI impõe que Portugal tem que «assegurar, nos próximos meses, a totalidade dos meios financeiros para proceder ao pagamento» dos 14 mil milhões de euros dos empréstimos que se irão vencer em 2014.
Quanto aos motivos políticos, o Presidente adiantou que, se as eleições ocorressem já no próximo mês de Setembro, em simultâneo com as autárquicas, «processar-se-iam num clima de grande tensão e de crispação entre as diversas forças partidárias» e isso «tornaria muito difícil a formação, após o acto eleitoral, de um Governo com consistência e eficaz», contribuindo para uma situação política «ainda mais confusa, mais precária e mais instável».
Acordo ‘sem grande complexidade técnica’
Posto de lado o cenário de legislativas antecipadas antes de Junho de 2014, Cavaco apresentou a sua proposta de «um acordo de médio prazo entre os partidos que subscreveram o memorando», PS, PSD e CDS – um verdadeiro «compromisso de salvação nacional».
Disse estar «consciente das dificuldades políticas de alcançar este acordo», mas acreditar, por outro lado, que «não se reveste de grande complexidade técnica e poderá ser alcançado com alguma celeridade» – precisando até, mais à frente, que «as decisões serão tomadas nos próximos dias».
O Presidente acrescentou, ainda, que dará pessoalmente «todo o apoio a esse compromisso patriótico»: «Irei contactar de imediato os responsáveis dos partidos para analisarmos a solução que proponho». Sugeriu, à margem, o recurso «a uma personalidade de reconhecido prestígio que promova e facilite o diálogo» – o que deu origem à especulação imediata de nomes como o do governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, ou de figuras como Rui Vilar, Artur Santos Silva, Guilherme d’Oliveira Martins e Silva Peneda.
Um 'compromisso patriótico' com três pilares
(Sol)
O Presidente explicou detalhadamente as «razões de ordem económica e financeira» e também «os motivos de natureza política que desaconselham a realização de eleições antecipadas». Isso, salientou, significaria «um retrocesso naquilo que já foi conseguido e tornaria necessário um novo programa de assistência financeira. Os sacrifícios dos portugueses, em parte, teriam sido em vão».
Por um lado, assinalou Cavaco, o Orçamento do Estado para 2014 só entraria «em vigor, na melhor das hipóteses, em Março do próximo ano». E, por outro, a realização de eleições «poderia comprometer a conclusão positiva das 8.ª e 9.ª avaliações» da troika e conduzir «à suspensão da transferência para Portugal das parcelas dos empréstimos que nos foram concedidos». Além de que uma das regras do FMI impõe que Portugal tem que «assegurar, nos próximos meses, a totalidade dos meios financeiros para proceder ao pagamento» dos 14 mil milhões de euros dos empréstimos que se irão vencer em 2014.
Quanto aos motivos políticos, o Presidente adiantou que, se as eleições ocorressem já no próximo mês de Setembro, em simultâneo com as autárquicas, «processar-se-iam num clima de grande tensão e de crispação entre as diversas forças partidárias» e isso «tornaria muito difícil a formação, após o acto eleitoral, de um Governo com consistência e eficaz», contribuindo para uma situação política «ainda mais confusa, mais precária e mais instável».
Acordo ‘sem grande complexidade técnica’
Posto de lado o cenário de legislativas antecipadas antes de Junho de 2014, Cavaco apresentou a sua proposta de «um acordo de médio prazo entre os partidos que subscreveram o memorando», PS, PSD e CDS – um verdadeiro «compromisso de salvação nacional».
Disse estar «consciente das dificuldades políticas de alcançar este acordo», mas acreditar, por outro lado, que «não se reveste de grande complexidade técnica e poderá ser alcançado com alguma celeridade» – precisando até, mais à frente, que «as decisões serão tomadas nos próximos dias».
O Presidente acrescentou, ainda, que dará pessoalmente «todo o apoio a esse compromisso patriótico»: «Irei contactar de imediato os responsáveis dos partidos para analisarmos a solução que proponho». Sugeriu, à margem, o recurso «a uma personalidade de reconhecido prestígio que promova e facilite o diálogo» – o que deu origem à especulação imediata de nomes como o do governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, ou de figuras como Rui Vilar, Artur Santos Silva, Guilherme d’Oliveira Martins e Silva Peneda.
Um 'compromisso patriótico' com três pilares
(Sol)
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