sábado, 6 de julho de 2013

PAULO PORTAS É VICE-PRIMEIRO-MINISTRO COM COORDENAÇÃO ECONÓMICA, TROIKA E REFORMA DO ESTADO



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O líder do CDS fica acima da ministra de Estado e das Finanças cuja escolha determinou o seu pedido de demissão na terça-feira.


O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou neste sábado que o novo acordo de coligação entre o PSD e o CDS prevê a subida de Paulo Portas ao cargo de vice-primeiro-ministro, com a responsabilidade da coordenação das políticas económicas, o relacionamento com a troika e a reforma do Estado.

Com Paulo Portas à sua direita e em silêncio, Passos Coelho confirmou também que Maria Luís Albuquerque se mantém como ministra de Estado e das Finanças. Mas, ao dar ao líder do CDS-PP a coordenação económica e o relacionamento com os credores da troika, coloca-o acima da governante, cuja escolha determinou o seu pedido de demissão na terça-feira.

O primeiro-ministro anunciou também que o acordo prevê outras alterações significativas na orgânica interna do Governo, embora o primeiro-ministro não tenha revelado quais.

Cavaco Silva terá ainda de aceitar as alterações propostas por Passos Coelho e Paulo Portas, sendo a sua divulgação uma prerrogativa do Presidente da República. Mas tal só deverá acontecer na terça-feira, no final das audiências com todos os partidos com assento parlamentar.

Outra novidade anunciada por Passos Coelho é que os dois líderes se comprometeram a apresentar um "manifesto comum de política europeia" que os deverá levar a definir linhas comuns de entendimentos sobre crescimento económico da União e reforma das instituições comunitárias. E que deverá culminar com a apresentação de listas conjuntas às próximas eleições europeias, em Maio de 2014.

Na declaração lida pelo presidente do PSD é também dito que os dois partidos chegaram a um "acordo sólido e abrangente", que diz ser capaz de "assegurar a estabilidade e ultrapassar a situação política delicada dos últimos dias".

"Este acordo reúne as condições políticas necessárias para o Governo chegar ao fim da legislatura e assegurar o cumprimento das nossas obrigações internacionais", afirmou Passos Coelho.

O primeiro-ministro mostrou-se ainda confiante que este acordo garante as condições para abrir "um novo ciclo da vida nacional", com a "retoma do crescimento económico", mesmo sabendo que esta não depende apenas do país, mas da União Europeia.

"Trabalhámos arduamente para ultrapassar a situação de modo consistente e duradouro", frisou Passos Coelho, indo ao encontro das condições que o Presidente da República fez saber na sexta-feira que seriam exigidas ao Governo. "Encontrámos uma solução governativa estável e determinada na resolução dos graves problemas do país", frisou o primeiro-ministro.

A declaração conjunta contém ainda uma expressão que Paulo Portas usou várias vezes no passado e Passos Coelho também já adoptou publicamente: "Uma coligação é um compromisso permanente."

E para o final, aponta-se para o pós-troika, tão caro a Cavaco Silva, afirmando que, "terminado o programa" de ajustamento, o Governo vai "dar mais atenção à coesão social" e "reforçar condições do emprego para os mais vulneráveis e expostos à crise".


http://www.publico.pt/



RELEIA O COMUNICADO DO ADEUS "IRREVOGÁVEL" DE PORTAS DA PASSADA TERÇA-FEIRA

Releia aqui na íntegra a nota em que Portas anunciou, terça-feira, a sua demissão "irrevogável" do Governo.
"Apresentei hoje de manhã a minha demissão do Governo ao Primeiro-Ministro
Com a apresentação do pedido de demissão, que é irrevogável, obedeço à minha consciência e mais não posso fazer.
São conhecidas as diferenças políticas que tive com o Ministro das Finanças. A sua decisão pessoal de sair permitia abrir um ciclo político e económico diferente. A escolha feita pelo Primeiro-Ministro teria, por isso, de ser especialmente cuidadosa e consensual
O Primeiro-Ministro entendeu seguir o caminho da mera continuidade no Ministério das Finanças. Respeito mas discordo
Expressei, atempadamente, este ponto de vista ao Primeiro-Ministro que, ainda assim, confirmou a sua escolha. Em consequência, e tendo em atenção a importância decisiva do Ministério das Finanças, ficar no Governo seria um acto de dissimulação. Não é politicamente
sustentável, nem é pessoalmente exigível

Ao longo destes dois anos protegi até ao limite das minhas forças o valor da estabilidade. Porém, a forma como, reiteradamente, as decisões são tomadas no Governo torna, efectivamente, dispensável o meu contributo
Agradeço a todos os meus colaboradores no Ministério dos Negócios Estrangeiros a sua ajuda inestimável que não esquecerei. Agradeço aos meus colegas de Governo, sem distinção partidária, toda a amizade e cooperação".

COMENTÁRIO: O que hoje é verdade, amanhã é mentira.
Quem acredita nos políticos?...EU NÃO!

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