terça-feira, 16 de setembro de 2014

QUANDO ERA JOVEM - UMA HISTÓRIA REAL.

                                              

Nos meus tempos de criança, uma loja do meu bairro vendia uns rebuçados que eram embrulhados juntamente com cromos de jogadores de futebol. 

Saíam vários prémios, sendo o mais valioso "uma bola de futebol" que era dada a quem preenchesse totalmente a caderneta dos cromos.

Um dia, dois miúdos de 7 e 8 anos, apanharam distraído o dono da loja e levaram uma caixa quase completa com os respectivos rebuçados.
Perto havia ( e há ) um cemitério, que foi o sítio ideal para fazerem a divisão da "mercadoria". 

Ao saltarem o muro ( que era baixo), deixaram cair dois rebuçados para o exterior do cemitério e lá foram descansados fazer a distribuição para dentro de uma campa que estava vazia, junto ao referido muro.

Estavam eles a distribuir o "produto", "UM PARA MIM , UM PARA TI", quando o guarda do cemitério, que fazia a ronda ao ouvir vozes vindas de dentro da campa, julgando que eram almas do outro mundo), correu para o exterior do cemitério dirigindo-se muito aflito a um guarda-republicano que passava,contando-lhe o sucedido.


Estavam os dois  junto do exterior muro ( cheios de medo) , ouvindo  a contagem, quando se deixou de ouvir vozes( os miúdos tinham acabado  de fazer a distribuição).
 Nesse momento, um miúdo diz para o outro: O que vamos fazer àqueles dois que lá estão fora?

Os guardas, julgando que era com eles, desataram a correr pela Avenida Afonso III - com o medo estampado no rosto - só parando em Xabregas para pedirem socorro.

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