O PAI DA "FUNÇÃO PRIVADA" FALOU À REVISTA "VISÃO"
Alguns "excertos" da entrevista do pai da Função Privada ( Não confundir com Função Pública), eng. Belmiro de Azevedo:
- Em entrevista à revista "Visão", acusou os políticos de "mentir com todos os dentes" e foi particularmete duro com o actual presidente da República. "é um ditador. Mandou quatro amigos meus, dos melhores ministros, para a rua, assim de mão directa", disse o fundador da Sonae.
- Sobre o primeiro-ministro, Belmiro de Azevedo disse que Sócrates "telefona ou manda telefonar com muita frequência", quando confrontado com uma pergunta sobre pressões do Governo.
Um Executivo a uma só voz. "Este governo tem uma pessoa que manda. Ele próprio assumiu, não com esse radicalismo, mas tinha ministros que faziam trabalho técnico de preparação. Isso é o maior insulto que se pode fazer à figura de um ministro", disse Belmiro de Azevedo. "Tenho dificuldade em saber os nomes de metade dos que estão lá", no Governo, acrescentou.
Exemplo disso, a pasta da Economia e Finanças e as promessas governamentais. "Muitas vezes as promessas são feitas sem o Teixeira dos Santos assinar por baixo", argumentou.
- Do Governo à Oposição, não faltam críticas. Manuela Ferreira Leite "teve muitos anos de trabalho, mas no Estado. Nunca dormiu mal por ter a responsabilidade de saber como pagar salários", disse Belmiro de Azevedo, com críticas, também, à Esquerda.
"Pessoas inteligentes estão a usar a comunicação mais retrógrada que já vi em Portugal", disse Belmiro de Azevedo. "Usa a comunicação mais primária, mente com todos os dentes", acrescentou.
O Louçã?, perguntou a jornalista. "Sim, e os outros também", advogou Belmiro de Azevedo.
- A crítica aos políticos vai ainda mais longe. "Atravessamos uma crise de líderes. E de facto, a maior parte, a generalidade, dos nossos líderes políticos, são jotinhas, são quase funcionários, pessoas sem experiência", argumentou.
- Perante as críticas a Sócrates e Ferreira Leite, não surpreende a dureza da resposta sobre a possibilidade de um Governo PS/PSD. "Bloco central, não. Senão vira ditadura a dois, um compadrio, não é interessante que isso aconteça", disse Belmiro de Azevedo."Neste momento, e quase direi por felicidade, não há um Governo de maioria", acrescentou.
- Ainda sobre a política nacional, abordou a candidatura de Manuel Alegre à presidência da República. “Fomos colegas de liceu, no Alexandre Herculano, no Porto. Conheci-o vagamente. Acho que devia ter juízo”, disse.
- Da política às opções políticas, Belmiro de Azevedo diz “acabe-se com o devaneio das grandes obras”. O ex-patrão da Sonae considera, ainda, que "o TGV está desenhado em função dos interesses espanhóis".
- Homem que criou milhares de postos de trabalho, ao longo de uma vida de empresário, Belmiro de Azevedo apresenta uma visão saudável do trabalho. “Para se ter uma sociedade coesa, os trabalhadores têm de ser bem tratados, não se podem explorar”, disse Belmiro de Azevedo.
"Os salários são baixos. O pessoal do meio é que ganha de mais. Têm de ser aumentados o último piso e o rés-do-chão", argumentou.
“Os empresários têm muita força, mas quem tem mesmo força são os trabalhadores", mas os sindicatos “terão de se reformular se não quiserem desaparecer rapidamente", argumenta Belmiro de Azevedo.
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