TRABALHAR FORA DO ESCRITÓRIO MELHORA RENDIMENTO

Trabalhar em casa pontualmente motiva os colaboradores tornando-os mais produtivos, dizem várias empresas.
Dar aos colaboradores a possibilidade de trabalharem, pontualmente, fora do escritório, pode ser uma forma de motivação e, mais que isso, de aumentar a produtividade. E muitas empresas e organizações em Portugal já acreditam nisso, pelo menos assim o garantem as cerca de 80 que aderiram a uma iniciativa simbólica, no passado dia 7 de Março, o ‘Out of Office Day', permitindo aos seus colaboradores ficar a trabalhar em casa, no jardim no café, onde quisessem. A iniciativa já foi lançada em alguns países e chegou só este ano a Portugal com o apoio do Ministério da Economia, com o objectivo de promover o aumento da flexibilidade e mobilidade no trabalho e ajudar na conciliação da vida pessoal com a vida profissional, de diminuir o impacto ambiental reduzindo a emissão de CO2 e ainda, ‘last but not the least', aumentar a produtividade.
As empresas que aderiram são sobretudo tecnológicas e consultoras, além de organizações do Estado, como câmaras municipais e outras. Estão todas registadas na página do Facebook do ‘Out of Office Day'.
Das empresas aderentes contactadas pelo Diário Económico, todas garantiram que permitem aos colaboradores trabalhar fora do escritório, por razões pessoais, e afirmaram acreditar que pode ser não só um factor de motivação como de aumento da produtividade. Há quem lhe chame teletrabalho ou trabalho remoto. O único senão é que tem de ser uma função que permita esta flexibilidade. Se for um trabalhador que contacte com o público, não pode ficar em casa.
"Numa altura em que a vida dos trabalhadores é particularmente exigente por um conjunto de circunstâncias conhecidas, esta pode ser uma forma de facilitar a conciliação das necessidades das pessoas com as necessidades da organização e com isso promover um ambiente de trabalho atractivo, positivo, motivador e consequentemente mais produtivo", diz Maria João Mendes, vereadora da Câmara Municipal de Lisboa responsável pelos recursos humanos.
Sofia Carvalho, directora de recursos humanos da tecnológica Safira, lembra que este tipo de flexibilidade permite ganhar tempo aos colaboradores que, por exemplo, demoram muito tempo a chegar ao trabalho, de manhã. "Temos alguns que demoram uma a duas horas, todos os dias, no trânsito", sublinha.
João Couras, director-geral da Prologica, vê vantagens em permitir o trabalho fora do escritório e afirma: "É um factor de motivação, traz comodidade mas também responsabilidade". Por isso, faz a ressalva: "É preciso responsabilidade e senioridade", porque é impossível controlar muitas pessoas ao mesmo tempo.
Para Sofia Carvalho esta questão do controlo não faz sentido. "É preciso confiar nos colaboadores. Se estiverem no escritório, também não controlamos se estiveram a trabalhar ou o dia todo a divertir-se na Internet". O controlo é feito no fim do projecto que têm em mãos ou ao fim de um período de tempo maior, nunca no balanço de um dia.
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