COMEÇOU A " CAÇA AO VOTO"
COMEÇOU A "CAÇA AO VOTO"
RiseUP Portugal
O Governo decidiu lançar uma vaga de obras públicas em todo o País, que terão um envelope financeiro de cerca de 1,3 mil milhões de euros, vindo do quadro de fundos comunitários em execução (QREN 2007/ /2013).
A ideia é que as candidaturas ao financiamento dos projetos sejam apresentadas até final do mês, de modo a que as obras estejam todas no terreno até 30 de junho do próximo ano, ainda a tempo das eleições legislativas.
Na verdade, o que esta decisão revela é que, ao contrário do que tantas vezes foi afirmado, a proclamação do "que se lixem as eleições!", tantas vezes feita pelo atual Executivo, não passa de retórica. O que, aliás, não é original. Todos os governos, sem exceção, respondem com exuberância aos ciclos eleitorais. Todos nos lembramos, por exemplo, do aumento dos salários dos funcionários públicos promovido por José Sócrates, a poucos meses das legislativas de 2009.
Pelos discursos da atual maioria - seja pela voz do vice-primeiro-ministro, da ministra das Finanças ou do próprio chefe do Governo - tem perpassado a mensagem de que a carga fiscal poderá começar a ser desagravada em 2015, de que o emprego irá florescer no mesmo ano, de que a economia crescerá mais do que até aqui, mesmo a tempo de o povo ir a votos fazer as suas escolhas.
Do lado do PS, e com a perceção de que a probabilidade de a legislatura se cumprir na totalidade é cada vez mais real, surgem promessas de rasgar a reforma dos tribunais, reabrindo todos os que venham a ser encerrados ou de reposição dos cortes salariais, por mais definitivos que estes sejam.
A verdade é que, todos, sem exceção, já estão a agir em função da "caça ao voto". E nada melhor para dar a ideia de que o País está a mudar para melhor do que transformá-lo no grande estaleiro, mesmo antes de dar início à rota das feiras e mercados.
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