quinta-feira, 22 de abril de 2010

SERÁ QUE O GOVERNO CUBANO TERÁ RAZÃO?

1.PS QUER OBRIGAR MÉDICOS A OPTAR ENTRE PÚBLICO E PRIVADO.


Socialistas levam a plenário medidas contra corrupção. Entre elas, um ataque às acumulações dos médicos.
No pacote legislativo anticorrupção, que hoje( 22.04.2010) sobe a discussão no plenário da Assembleia, o PS incluiu um projecto de lei cujo conteúdo, sendo aprovado, tem potencial para abrir um conflito com uma das mais influentes classes profissionais, a dos médicos.
-O projecto, com um título extenso que esconde o seu verdadeiro alcance ("Altera o regime de vinculação de carreiras e de remunerações dos trabalhadores que exercem funções públicas, no capítulo referente às garantias de imparcialidade"), determina que para os trabalhadores do Estado a exclusividade de funções passa a ser a regra - e a acumulação de funções públicas com funções privadas passa a ser considerada uma excepção, só aceite com autorização superior.

-O projecto é, evidentemente, de carácter genérico e abstracto, mas sabe-se que uma das profissões onde mais ocorrem acumulações entre funções privadas e funções ao serviço do Estado é a dos médicos. Doravante, um médico que aceda à profissão e decida acumular um lugar no Serviço Nacional de Saúde com um lugar num consultório privado só o poderá fazer tendo luz verde do seu superior no SNS

2.VEJAMOS O CASO DOS MÉDICOS CUBANOS EM PORTUGAL?
(publicado neste blogue em 13.01.2010)

- Cada médico cubano contratado pelo Estado português recebe apenas 500 euros por mês dos cerca de 2500 euros de salário pago pelo Ministério da Saúde através do governo de Cuba. Quinze euros vão para as famílias e o restante, cerca de 2000 euros, vão directos para os cofres do Estado cubano, ou seja, 80 por cento do salário vai para o regime de Havana. Cabe às autarquias muitos dos encargos com estes médicos, como rendas de casa, transportes e facturas de água e de luz.

- O Governo português está satisfeito com o negócio, porque resolveu o problema da falta de médicos, e Cuba recebe divisas. A situação choca os clínicos portugueses, mas os visados não se queixam e remetem-se ao silêncio.
Inicialmente os médicos cubanos recebiam 300 euros, o equivalente ao que recebem no seu país, mas o custo de vida em Portugal obrigou Cuba a pagar-lhes 500 euros mensais.

-COMENTÁRIO: Se CUBA paga os cursos para formar médicos, será justo que tenha contrapartidas. Em Portugal quem tira um curso de Medicina gasta uns bons milhares de euros aos cofres do Estado e depois, a maior parte dos médicos, vai para o Privado, não compensando o que o Estado gastou com eles.

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