O DILEMA DO PRISIONEIRO
O dilema do prisioneiro
Foi
originalmente formulado por Merrill Flood e Melvin Dresher enquanto
trabalhavam na RAND, em 1950. Mais tarde, Albert
W. Tucker fez
a sua formalização com o tema da pena de prisão e deu ao
problema geral esse nome específico. O dilema do prisioneiro (DP) funciona da
seguinte forma:
Dois
suspeitos, A e B, são presos pela polícia. A polícia tem provas insuficientes
para os condenar, mas, separando os prisioneiros, oferece a ambos o mesmo
acordo: se um dos prisioneiros, confessando, testemunhar contra o outro e esse
outro permanecer em silêncio, o que confessou sai livre enquanto o cúmplice
silencioso cumpre 10 anos de prisão. Se ambos ficarem em silêncio, a polícia só
pode condená-los a 6 meses de cadeia cada um. Se ambos traírem o comparsa, cada
um leva 5 anos de cadeia. Cada prisioneiro toma a sua decisão sem saber que
decisão o outro vai tomar, e nenhum tem certeza da decisão do outro. A questão que o dilema propõe é: o
que vai acontecer? Como vai o prisioneiro reagir?
O
facto é que pode haver dois vencedores no jogo, sendo esta última solução a
melhor para ambos, quando analisada em conjunto. Entretanto, os jogadores
confrontam-se com alguns problemas: Confiam no cúmplice e permanecem negando o
crime, mesmo correndo o risco de serem colocados numa situação ainda pior, ou
confessam e esperam ser libertados, apesar de que, se ele fizer o mesmo, ambos
ficarão numa situação pior do que se permanecessem calados?
Uma experiência
baseada no dilema mostrou que cerca de 40% de participantes cooperaram (i.e.,
ficaram em silêncio).1
Em
abstrato, não importam os valores das penas, mas o cálculo das vantagens de uma
decisão cujas consequências estão atreladas às decisões de outros agentes, onde
a confiança e traição fazem parte da estratégia em jogo.
Casos
como este são recorrentes na economia, na biologia e na estratégia. O estudo
das táticas mais vantajosas num cenário onde esse dilema se repita é um dos
temas da teoria dos jogos.
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