JUNTA DE FREGUESIA DE SACAVÉM FOI PENHORADA

A dívida de quatrocentos e oitenta e quatro mil euros mais juros de mora diz respeito a uma "ocupação abusiva", durante 13 anos, de acordo com o Supremo Tribunal de Justiça, dos terrenos onde se situou até 2005 o mercado do levante, adiantou o presidente daquela freguesia José Leão.
O processo, iniciado em 2000, foi desencadeado pela empresa de investimentos imobiliários Namex, proprietária do terreno, adquirido em 1991, que exigiu ao executivo camarário da altura o pagamento de uma renda mensal no valor de 500 contos (2500 euros).
Contudo, a câmara de Loures sempre se recusou a pagar esse valor por considerar ser também proprietária de uma parte do terreno, embora essa parte não estivesse demarcada, por dizer respeito a cedências de prédios vizinhos, contou. "Nunca houve um entendimento político nem técnico da câmara municipal de Loures com a Namex. A câmara reclamava que parte do terreno era dela por cedências, mas nunca qualificou nem esclareceu que cedências eram essas", explicou o autarca.
José Leão explicou que a existência de uma carta de 1991 à Câmara Municipal de Loures, onde o presidente da junta de Sacavém considera "justa a pretensão" da Namex em exigir uma renda de 500 contos a partir daquela data, acabou por ditar uma sentença desfavorável à junta. "Basicamente acabaram por admitir o erro. De qualquer forma o desentendimento entre a câmara municipal também contribuiu para este final desastroso", lamentou.
Contactado pela Lusa, o presidente da câmara municipal de Loures, Carlos Teixeira recusou qualquer responsabilidade da autarquia neste processo. "Estamos solidários com a junta de freguesia, mas a câmara não é achada nem perdida neste processo. A junta é que se comprometeu em 1991 a pagar uma renda não nós", apontou o autarca.

COMENTÁRIO:Em 2009.21.31 este blogue publicou uma noticia sobre este caso, com o título: "OS AUTARCAS FAZEM ASNEIRA E OS MUNÍCIPES PAGAM A FACTURA".
Como se pode verificar, o presidente da Câmara e da Freguesia, embora do mesmo partido, "sacodem a água do capote". A culpa é sempre dos outros.