NÃO PODEMOS IGNORAR O QUE SE ESTÁ A PASSAR NA GRÉCIA

Na capital grega, os confrontos ocorreram quando algumas dezenas de jovens, alguns armados com bastões, se lançaram sobre o cordão das forças anti-motim colocado em frente do Ministério das Finanças, no momento em que passava o desfile sindical do Dia do Trabalhador, segundo jornalistas no local.

A polícia respondeu lançando granadas de gás lacrimogéneo e os jovens acabaram por dispersar.

Num outro incidente, segundo a agência Lusa, as forças de segurança que enquadram cerca de 500 anarquistas que seguem no final do desfile dispararam gás lacrimogéneo quando um grupo se destacou dos restantes e se aproximou de um hotel de luxo na praça Syntagma, no centro da capital.

Em Salónica, a grande metrópole do norte da Grécia, a polícia também lançou gás para dispersar cerca de 250 pessoas que se afastaram do desfile para partir montras de lojas, caixas Multibanco e automóveis, segundo fonte policial.

Contentores de lixo e carrinhas de televisão em chamas em ruas vazias excepto pela presença de manifestantes e polícias: assim foi o dia 1 de Maio ontem, em Atenas. Numa altura, a polícia chegou a disparar gás lacrimogéneo três vezes contra um grupo de cerca de 20 pessoas que tentavam chegar ao Parlamento.

Os manifestantes - mais de 15 mil no total - revoltavam-se contra as medidas de austeridade impostas pelo Governo para conseguir uma ajuda do FMI e da União Europeia, medidas que, dizem, só afectam os mais pobres. "Este é o ataque mais grave contra os trabalhadores desde há séculos", dizia o manifestante Ericos Finalis, um tipógrafo. "Esta não vai ser uma batalha mas uma guerra que vai durar meses."
.--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
COMENTÁRIO : Gostaria que o meu País não se transformasse nesta Grécia,mas sim num País onde haja justiça social e económica, bem como respeito por todos aqueles que no dia 25 de Abril de 1974 sentiram orgulho de serem portugueses ao saírem de uma ditadura de 48 anos de fascismo- que tinha destruído muitas famílias- bem como milhares de jovens que perderam as suas vidas- no ex-Ultramar, defendendo a sua Pátria. Que tudo isto não tenha sido em vão.