segunda-feira, 7 de junho de 2010

VENDA DE IMÓVEIS. UM GOLPE DE MESTRE



- Parece que a vida não está fácil para quem negoceia em imóveis. Construtores civis, mediadores e simples particulares- que pretendem vender a sua casinha- vêem-se aflitos para arranjar comprador a um preço razoável. Quando surge um potencial interessado, não se pode desperdiçar a oportunidade porque a vida não está fácil.
- Há quem tire partido desta ânsia de vender mais um andar, para dar uma golpada.
Um grupo de pessoas anda a percorrer o país, exercendo uma actividade muito lucrativa. O patriarca controla tudo. Chegam a uma localidade e fazem uma pesquisa em busca de prédios novos, com andares à venda.
- Quando encontram um edifício com um bom número de apartamentos ainda por transaccionar, um dos elementos do grupo dirige-se ao construtor. Mas, curiosamente, esse testa-de-ferro não é da família dos restantes.
- Pede para ver o imóvel e diz ter um primo distante, que é emigrante. Esse seu parente tem uns dinheiritos, pelo que está interessado em adquirir uma das fracções autónomas de imediato, oferecendo um bom sinal de 50.000 euros. A condiçao é que a chave seja imediatamente entregue, ainda antes da escritura, sendo certo que o remanescente setá pago a pronto no prazo de 180 dias.
- É logo ali assinado o contrato-promessa. O interessado age como procurador do seu familiar, entrega o sinal e recebe a chave.
- No dia seguinte, o andar é invadido por uma família numerosa, de três gerações. - Dia e noite fazem uma barulheira infernal, gritando e ouvindo música num volume altíssimo. As crianças são ensinadas a irem urinar à varanda, em direcção à rua. Conspurcam os elevadores e espalham sacos de lixo pelos patamares. A entrada do prédio fica num estado lastimável. Mas quando se empenham mais é nos momentos em queo vendedor vai mostrar os andares disponíveis a eventuais interessados. Dão ao máximo nas vistas, fazem ruídos infernais e esforçam-se por demonstrar que serão vizinhos complicadíssimo. Quem é que desejaria comprar um andar naquele prédio, por mais baixo que fosse o preço?
- O construtor, que anda a pagar juros ao banco e está absolutamente necessitado de obter algum dinheiro, começa a aperceber-se que não vai vender os seus andares.
- A única solução é correr com aquela família dali.
- Eles não se importam de sair, mas exigem o estrito cumprimento da lei. Quem falha com o cxontrato-promessa, é obrigado a devolver o sinal em dobro. O dono do prédio está disposto a tudo e entrega-lhes os 100.000 euros.
- Assim se embolsam 50.000 euros. Resta partir para outra cidade, onde o esquema ainda não seja conhecido e facturar mais algum.
- É difícil deitar a mão a estes engenhocas artistas.

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